![]() |
Ilustração Luciana Meneses Delmonte |
Valeska viu uma sapatilha na vitrine de uma loja e adorou o modelo. Entrou, pediu para experimentar o sapato e a vendedora trouxe-o prontamente.
- Adorei, ficou lindo no meu pé! Disse Valeska.
- Não é super confortável? Perguntou a vendedora.
- É maravilhoso, ficou muito bom no meu pé.
- A senhora vai pagar em dinheiro ou com cartão?
-Só um minuto, por favor – disse Valeska. Esse sapato que você me entregou não é o meu número. Eu calço 36 e este aqui é número 37!
A vendedora explicou que às vezes a fábrica manda tamanhos um pouco diferentes, com uma pequena variação. Ela, já sabendo disso, trouxe o número que achou que caberia no pé da cliente.
Valeska resolveu não comprar o sapato mesmo com a afirmativa da vendedora de que ficou excelente e mesmo achando o sapato um sonho.
É incrível como as pessoas ficam presas a convenções que nós mesmos estabelecemos. A classificação por números é para facilitar a vida e não complicar. Se o sapato ficou bom em Valeska, não interessa o número que lhe dêem.
Algo semelhante pode ocorrer com um namorado que você adora, mas que não se encaixa nos padrões que suas amigas estabeleceram para você. Ou uma roupa que você adorou e os outros acham que não lhe caiu bem. Uma comida deliciosa que você tanto quer, mas podem recriminam dizendo que não é chique. Há momentos em que devemos afirmar bem alto o que queremos para que sussurros persistentes não nos convençam do contrário.
Vamos calçar qualquer sapato, de qualquer número, ou não calçar se preferir. O importante é seguirmos dois princípios: tentarmos ser felizes e não fazer mal ao nosso semelhante. De resto, nossa intuição dirá quando um sapato couber certinho em nosso pé! Avante, cinderelos! Não tenhamos medo de ser felizes!
Muito bom...
ResponderExcluirComcordo plenamente.